LASER para tratamento de cálculos urinários

LASER para tratamento de cálculos urinários

Existem vários tipos de LASER, cada um com aplicação específica em diferentes áreas da Medicina. Na Urologia, o tipo mais utilizado é o Holmium LASER, para fragmentar cálculos (pedras) no sistema urinário.

Figura 1 Foto do gerador do laser que utilizamos nas cirurgias para quebra dos cálculos

Figura 2 Fibra do laser que emite energia pra fragmentação de cálculos

Atualmente, já é consenso ser o LASER o método mais eficiente para tratamento dos pacientes com cólica renal que precisam ser operados, e também para alguns casos de pedras no rim mesmo sem sintomas. Esta forma de energia tende a pulverizar o cálculo e quebrá-lo mais rapidamente, reduzindo a duração da cirurgia e aumentando as chances de o paciente ficar livre de cálculos (sistema urinário completamente limpo de pedras).
A partir de 2012, o Holmium LASER passou a estar disponível no UroConsult (Serviço de Urologia do Hospital Check Up). O volume de cirurgias realizadas no hospital vem aumentando progressivamente. Os materiais ainda são caros, mas esta cirurgia é coberta pela maior parte dos bons planos de saúde, sem qualquer custo para o paciente. A cirurgia traz grandes benefícios ao paciente, por ser realizada sem incisões (cortes), passando-se o aparelho por dentro do canal da urina. Apesar de não ser necessário em muitos casos, é um grande avanço dispormos desta tecnologia para as situações em que ela for necessária.

Vantagens da Cirurgia Minimamente Invasiva com Laser para cálculos urinários

  • Internação de apenas 1 dia. Em alguns casos, o paciente poderá ir para casa no mesmo dia.
  • Menos dor no pós-operatório.
  • Menor necessidade de remédios analgésicos.
  • Ausência de cortes
  • Como não há incisões, não há possibilidade de hérnia.
  • Retorno precoce às atividades profissionais.
  • Alta taxa de sucesso (80-95% de paciente livres de cálculos, variando de caso para caso)

Como é feita a cirurgia???

O Cirurgião introduz o aparelho pela uretra (canal da urina) e avança como o mesmo até a bexiga. Depois disto, entra com este aparelho dentro do canal do ureter que conduz urina do rim para a bexiga. Quando a pedra está neste canal, o urologista já a encontra, quebra a mesma com laser e depois retira os fragmentos com uma “cestinha” desenhada especialmente para este fim (vide figura abaixo). Se a pedra estiver no rim, é necessário subir até o rim com um tipo de aparelho diferente, chamado ureteroscópio flexível, que é não é rígido e faz movimentos controlados pelo cirurgião. Atingindo o rim, o cirurgião quebra a pedra com laser e retira os fragmentos dos cálculos com a “cestinha”.

Figura 3 Ureteroscópio rígido para remoção de pedras no ureter

Figura 4 Cesta utilizada para segurar e retirar o cálculo urinário

Figura 5 Cirurgia para remoção de cálculos nos rins (Ureterorrenolitotripsia com holmium laser)

No final da cirurgia, é comum deixarmos um cateter feito de um tipo de plástico dentro do corpo, entre o rim e a bexiga, chamado cateter duplo J. Para saber mais sobre este cateter, clique aqui.

Dr. Pedro Henrique Oliveira Cabral

CRM – AM 5280 / CRM – SP 126932
Professor de Urologia da Universidade Federal do Amazonas
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Membro Internacional da Sociedade Européia de Urologia
Membro Associado da American Urological Association
Especialização em Urologia Minimamente Invasiva e Laparoscopia no Hospital Henri Mondor (França)
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica

A dor de cabeça, também chamada cefaleia, é um sintoma extremamente comum. Estima-se que perto de 95% das pessoas terão ao menos um episódio de dor de cabeça ao longo da vida.
Por outro lado, o conhecimento geral permite qualquer cidadão a fazer uso de medicações contra a dor com facilidade, o que nos remete à preocupação com o uso indiscriminado de analgésicos e anti-inflamatórios.

De uma maneira geral, dividimos as cefaleias em dois grupos. São chamadas secundárias quando são causadas por alguma doença, como por exemplo sinusite, meningite, sangramentos no cérebro, traumatismos na cabeça, entre outras. As cefaleias são primárias quando não se identifica uma causa externa e, portanto, a cefaleia em si é o sintoma e a doença de base.
A avaliação do neurologista é imprescindível para diferenciar estes grupos e tomar as medidas necessárias para investigação e tratamento adequados.

Quando falamos em cefaleias primárias, que são a maioria, uma parcela desta população terá não só um ou dois episódios, mas crises repetidas de dor de cabeça, muitas vezes tão fortes que chegam a impossibilitar que o indivíduo exercite suas atividades normalmente, com idas frequentes ao pronto-socorro para alívio da dor. Às vezes a dor é suportável, porém ocorre em uma frequência tão alta que diminuem a qualidade de vida enormemente.

É prática comum que ao sentir algum tipo de dor, o paciente tenha iniciativa de tomar um analgésico ou anti-inflamatório por conta própria. Quem tem enxaqueca, por exemplo, sabe como é desesperador ter uma dor de forte intensidade que perdura por horas, às vezes tomando vários comprimidos no mesmo dia.
O que pouca gente sabe é que o uso indiscriminado de analgésicos e anti-inflamatórios pode agravar o quadro, tornando a dor de cabeça mais frequente, possibilitando a maior chance de desenvolver efeitos adversos e dificultando o tratamento deste paciente.

É comum no dia a dia do consultório se deparar com indivíduos que tem queixa de dor quase diária, com um consumo excessivo de medicações sintomáticas e que acabam evoluindo com outros sintomas como irritabilidade, dificuldade para dormir e dificuldade de concentração, muito provavelmente relacionados a dor crônica.

Importante saber que mesmo nesta fase existe tratamento, sendo possível restaurar a qualidade de vida do indivíduo. Mais importante é saber evitar que se chegue a este ponto, procurando o médico precocemente antes que ocorra um abuso de medicações e principalmente mantendo uma rotina saudável.

A prática regular de exercício físico, uma alimentação balanceada e um sono reparador são as melhores armas para prevenção de dor crônica. Tornar a atividade física parte da sua rotina é sem dúvida a melhor recomendação que eu posso transmitir.

Natália De Luca

Muitas pessoas, atualmente, têm recorrido à algumas substâncias para atingir o “corpo perfeito” ou melhorar seu rendimento na academia.

Há poucas verdades na literatura sobre algumas delas, como aminoácidos de cadeia ramificada, termogênicos e anabolizantes.

Antes de mais nada, ressalto que ambas possuem diferenças acintosas. Os aminoácidos de cadeia ramificada ajudam os seus músculos a recuperarem as proteínas “consumidas” durante o exercício, ou seja, diminuem o consumo de massa magra e, por consequência, preservam sua massa muscular, quando não a aumentam.

Já os termogênicos, são substâncias que aumentam o seu metabolismo e te deixam com energia, com aquela sensação de disposição no auge.

Por último, os anabolizantes. Dispomos de uma diversa variedade deles, desde os utilizados em alguns animais de competição, como cavalos, até aqueles para recuperarem uma pessoa que está imobilizada há longo tempo numa cama, com massa magra consumida, de uso médico.

No entanto, ratifico que há consequências potencialmente graves e irreversíveis com o uso dessas substâncias.

Os aminoácidos de cadeia ramificada podem lesionar os seus rins, de forma reversível ou não, a depender de sua idade, função renal prévia, nível de hidratação e carga consumida.

Os termogênicos estão associados a estados de psicose temporária, tentativas de suicídio, crise tireotóxica (descarga hormonal importante que gera arritmia, sudorese e também, psicose), dentre outros.

Os anabolizantes podem hipertrofiar o músculo cardíaco de forma irreversível, gerando arritmias fatais, além de estarem associados a alguns tipos de câncer de fígado.

A maior parte das pessoas, sob criteriosa avaliação nutricional e médica, atinge resultados semelhantes a muitos dos compostos citados, sem risco às suas saúdes. Portanto, reformulo a pergunta inicial: vale a pena correr riscos para se atingir o “corpo perfeito”ou para melhorarmos o rendimento em atividades de alto rendimento?

Sinceramente, após 16 anos de profissão, acho que não. Ao menos, certifique-se dos riscos e monitore a sua saúde, é o mínimo que posso sugerir.

Por uma vida saudável,

Grande abraço

Tales Esper Venâncio